domingo, 28 de fevereiro de 2010

Viajar na inconsciência


É preciso tempo
Para ter consciência
Da vida passada.

Subjugar os dias
Aos elos temporais.

Visionar
A penumbra da era
Em fracções divididas
Em espaços infinitos.

Viajar na inconsciência
Num rumo perfeito
No abstracto da mente.


Bravo






sábado, 27 de fevereiro de 2010


Inquietude


A criança
Atravessou
A linha do horizonte
Sem quebrar
A harmonia
Da linha recta.
À distância
Transformou-se
Simplesmente
Num ponto.
Acenou
Pediu socorro
Gritou
Mas o som
Perdeu-se no silêncio.

Olho


Olho
Para o infinito
Das minhas
Memórias
Revejo
Espaços em branco
Como
Saltos no tempo
Que me escondem
Segredos.
Lacunas
De palavras soltas
Códigos
De sentimentos
De vida
De morte
E de nada.

Uma explosão de vida


Comparo-me a um obus
De um canhão
Corroído
Pela ferrugem do tempo.

Velho
Mas pronto a explodir.

Sinto-me na sombra
De uma guerra acabada
E na luz
De uma explosão de vida.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Imune ao amor


Imune ao amor


Uso bolas de naftalina
Para matar as traças
Que me roem a alma
Mas fico imune ao amor.

Cerco-me de fantasmas
Transparências do nada
Que me trespassam o coração
Sentindo apenas
Uma leve melancolia
De saudade.

Que caminho a seguir?


Que caminho a seguir


Gravito
Em torno
De memórias passadas
Que não me levam
A lugar algum.

Desfaço malas
De vida
Na procura
De afirmação.

Procuro
Na escuridão
A luz
Que me indique
O caminhoA seguir

Insanidade


Insanidade



O vento
Que passa
Amordaça-me
Soltando
Um grito de revolta
Num turbilhão
De palavras sem nexo
Que descodificadas
Ao vento,
Me julgariam
Insano.
Numa auréola
De verdade
E mentira.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010