segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Por vezes, sinto-me…


Por vezes
Sinto-me
Só alma
E não pessoa.
E sigo
Por entre gentes
Invisível.
Deixo
Meu pranto
Em cada canto.
Percorro
Meu céu
Como quem voa.
Esfumo-me
Na penumbra
Das eras
Onde nasce
O homem novo.


Bravo

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Para além do horizonte


Voo
Nas asas do vento
Para além do horizonte.
Deixo terra
Deixo gente
Amores?!
Deixo certamente.
Nostalgia
Terei sempre
Neste meu voo
De solidão.
Embarco
Nesta utopia
Se o estar longe
Me alivia
Me traz
A felicidade
Ou não!

Bravo

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Espero um dia a madrugada.


Envolvi-me
Em mar revolto
Desfiz-me
Em branco sal.
De lágrimas
Maré-cheia
De saudades
Grãos de areia.
Onde o sonho
Rasga a lua
Na escuridão do espaço
Perco-me
Num grande abraço
De pedras, cinzas e nada.
Procuro
Sorrisos nas nuvens
De negro choro vestidas.
Procuro
Nas despedidas
O calor de um sol morno
Que me aqueça
O gélido oceano
Que povoa minha alma.
Procuro no horizonte
A calma
Para quem sofre em agonia
Fecho-me na nostalgia
Dos momentos
Em que me perdia
Em campos verdes de sol.
Que em teus olhos reflectia
Um arco - iris de amor.
Vivo preso nesta dor
E fiz da solidão o meu mundo
Perdi-me nas brumas do tempo
Na terra do sol poente.
Espero um dia a madrugada.

Bravo