quarta-feira, 16 de março de 2011
Restos mortais
Restos mortais
Rebobinei o poeta
Em versos vãos.
Fiz dele
Uma negação.
Destruí,
Quimeras,
Sonhos,
Ilusão.
Sequei lágrimas
De compaixão.
Gastei em soluços
Doces palavras.
Apaguei da alma
A luz da vida
E gritei ao vento
A despedida.
E por fim
Ficaram,
Somente,
Restos mortais
Do que não sou.
José Bravo Rosa
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Rebobinar-se é poético, é lírico; é reciclar-se, refazer-se. Gostei, poeta.
ResponderEliminarE eis que encontro o seu blogue, na sequência do nosso encontro no novo museu de Entradas...que boa surpresa, esta, de encontrar a sua poesia, o seu traço...
ResponderEliminarTrata-se de uma voz que vai desbravando o difícil caminho da originalidade, deixando uma pegada única, que não se confunde com os demais.
Parabéns por esta produção, que merece o meu sincero aplauso.