sexta-feira, 18 de junho de 2010

Deixei pegadas...


Deixei pegadas
Vincadas na areia molhada.
Vestígios pré-históricos
Da longa espera.
Sinais
De existência humana.
Que reclama o espectro
Da paixão que tarda em chegar
Que o mar ainda não trouxe.
Esse mar que tanto amei
E a quem dei
O sal das minhas lágrimas.
Esse mar que seduzi
E transformei em carne
Em sonhos húmidos
De paixão.
Reclamo essa parte
Que me transcende
Essa outra metade
De mim.
Essa luz divina
Que me enaltece
Esse nascer do sol
Que me aquece.
Espero que o mar
Se não te trouxer
Se transforme em aguas mansas
Perdendo toda a sua grandeza.
E levando com ele no final
Todas as minhas pegadas.

3 comentários:

  1. Não poeta. Ficar sem tuas pegadas
    Eu, certamente, morreria.
    Morreria de um vazio
    Falta de cio, espaço oco
    Amado e esquecido
    De noite desamanhecida, enigma
    Fim de linha, a vida se desalinha
    Tristeza reinante, o sol desaparece
    No rosto uma prece, entontece
    tudo se perde.
    Entreabre-se apenas o sorriso
    quando me és sol
    E quando essa dádiva acontece
    Transpassa-me, ultrapassa-me
    É a pétala do meu florescer que grita,
    De dentro do meu mais
    perfumado encanto e diz
    Chamar-se amor...

    Bom final de semana para ti,
    Beijos no teu coração ensolarado,
    Meu carinho eterno,

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  2. transcrevo para aqui parte da resposta que te deixei no meu blog:
    Gosto muito do teu blogue. Gosto dos teus poemas (aparentemente simples) e gosto muiiiito dos teus desenhos (mais densos). Um dia destes, se autorizares, reblogo um post teu.A propósito desenhas a esferográfica?
    Beijo

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  3. A espera do Amor conquistado vem de algum lado.Pegadas já encontradas e o astro rei anuncia sua chegada.
    Lindo Poema meu querido!
    Um beijo especial com carinho e respeito.

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