quinta-feira, 1 de abril de 2010

Perfume do nada


No interior do nada
Existe algo.
Algo que nos faz recordar
A nossa existência.
Algo intrínseco
Comum a todos nós.
Existência.

Existência
Que não existe
No sabor da vida,
Na pigmentação da pele,
Na paz do sonho
No tormento do pesadelo.

Força
Numa ligação presente
Ao abismo da mente
No abraço
De um amor ausente.
No querer
E não poder
Cheirar
O perfume do nada.

4 comentários:

  1. ...te ter e não te ter.

    Gostei muito do seu Blog!
    Bravo!!!
    Feliz Páscoa!

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  2. ...Querer e não poder.
    Isso dói demaisss...
    Obrigado pela visita!
    Volte sempre, estou te seguindo...
    Bjs
    Mila

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  3. Um belísimo poema... apesar da tristeza da ausência...é sempre assim, o nada e o vazio no doem... bjus no coração. lindo blog.

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  4. No morrer, tenho tanto pranto,
    Espanto e desencanto,
    Mas nem por isso, nem por tão pouco
    Visto o santo manto
    Do tormento, vão.

    No querer, tudo posso, então
    e porquanto divido canto, recanto
    encanto do meu sacrossanto dia.
    Me visto de sonho colorido
    E perfumo o abismo com vida,confia.

    Meu carinho, amigo

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