terça-feira, 24 de agosto de 2010

Desejo...


Desejo
Respirar o sol
De que és feita.
Perder-me
Nesse teu corpo
Em labaredas de prazer.

Desejo
Esse odor a maresia
Dessa pele feita de agua.
Que me envolve
E refresca
Do fogo
Que arde em mim.

Desejo
O clímax da noite.
A volúpia
Da paixão.
Onde o êxtase
Do momento
Termina…
No silêncio do amor.

Desejo…


Bravo

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Código de amor.


Existe um código
Em que as palavras
Se transformam em símbolos.
Um código de amor.
Que deturpa
Toda a veracidade
Das emoções
E que as transforma
Em armadilhas dos sentimentos.
Em que o abismo
Se encontra à nossa frente.
E nós saltamos!
Saltamos para o vazio.
Para o desconhecido
De nós mesmos.
E sentimo-nos bem!
Seguros na nossa ilusão
De bem estar.
É esse silêncio enganador,
Esse momento hipnótico,
Que nos limita.
Que nos amordaça o grito
De libertação da alma.
Fazendo com que as palavras
Não façam sentido.
E nos levem ao limiar
De um irrealismo
Subjacente a toda uma panóplia
De momentos abstractos
Projectados pela mente.
Que nos transformam, simplesmente,
Nos humanos que somos.
Dependentes do amor.


Bravo