segunda-feira, 31 de maio de 2010

Chamam-me poeta!


Chamam-me
Poeta,
Como se o fosse!
Eu?!
Que, simplesmente,
Escrevo as palavras
Que me saem da alma.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Libertar as palavras.


Hoje!
Deixei
As palavras fechadas
No silêncio do meu grito.
Mais tarde…
Libertá-las-ei
Num poema de amor.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Começar de novo!...


Guardei!...
Guardei na cave fria e húmida,
Numa mala velha e sofrida.
Onde os bichos, hoje, dormem.
Retalhos da minha vida.
Tranquei a porta,
Joguei fora a chave
E comecei tudo de novo!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sentir o amor!...


O amor
É sinónimo de vazio.
Tudo o que antes parecia importante
Deixa de o ser!
O passado e o futuro,
Convergem para o presente.
Nada!... Mas nada faz sentido!
As pernas carregam, cambaleantes,
A cabeça e o tronco
Embriagados pelas emoções do momento.
As palavras!...
As palavras tornam-se flechas,
Que rasgam o ar em todas as direcções
Na procura do desejado alvo.
Aqui, o cupido!
Deixa de fazer sentido.
Tudo se resume
A um abstracto de emoções.
À ponta do cordel
Do novelo do amor.
O começo de um caminho
No labirinto da vida.
E também o doce momento
Onde tudo recomeça.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os sons do silêncio.


Sinto-me só
Entre gente!
Entrego-me à ousadia
De ouvir os sons do silêncio.
Procuro nesta solidão do momento
A música de tua dança.
Que me acalma os sentidos
Desta dor de ausência.
Ausência de tudo e de todos
Até deste corpo que habito,
Deste sussurro, deste grito…
Da nostalgia dos meus dias
De onde escorre
A negra noite.
Ainda que por muito me afoite
Caminhar, nas brumas do que sou,
Desvendar os seus segredos.
Regresso para onde vou.
À música de tua dança.
Que povoa e exalta em mim
Os sons do silêncio!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Porque existo?!


Hoje…
Eu só queria
Perceber o motivo porque existo!
Descobrir caminhos
Que me levem à verdade…
Ou não?!
Metamorfosear-me
No vento que passa
E na chuva que cai.
No sol e no mar.
E navegar!...
Navegar sem rumo aparente.
Sem passado,
Sem futuro,
Nem presente.
Rumo ao longínquo horizonte.
Desta existência
Que procuro…
Ou não?!

domingo, 16 de maio de 2010

Escondo-me nas palavras!


Escondo-me nas palavras
Do que disse
E não disse.
Acobardo-me
Do que nunca te direi.
Faço dos meus dias
A minha penitencia.
E das noites
A escuridão da minha alma.
Hoje vivo…somente…
Das migalhas da tua presença!...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma noite lilás!


A linha curva
Da terra
Invisível se torna.
Nas curvas femininas
De um corpo magnetizado
De êxtase e sedução.
Iluminado
Por uma lua metálica
Abraçada
Por uma noite lilás.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Basta de palavras...


Recorde-se
Um dia
De chamar por mim.
Não para me criticar,
Não para me julgar,
Mas simplesmente...
Para me olhar.
Basta!...
Basta
De palavras supérfluas!...

Hoje, sinto-me feito de nadas...


Sinto!
A nostalgia das sombras
Deitada a meu lado.
Percorro o caminho da noite
Feito de cardos.
Lanço facas
Ao abismo do acaso.
Deito-me, embalado,
Na bandeira da guerra
E deixo-me levar…
E tudo porquê!?
Porque, hoje, sinto-me feito de nadas…

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sonhei!...


Sonhei!...
Sonhei que conseguia voar.
E voei para longe…
Muito longe!...
Para lá de onde
O horizonte termina…
Para o sitio
De onde vem o amor.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Jantar com Eva


Procuro…
Neste meu encontro
Com o abstracto
Uma nesga
De realismo.
Que me faça sentir…
Que existo.
Só, assim, posso desfrutar
Deste jantar de pecado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quero ser só eu.


Vou abstrair-me de tudo…
Tenho saudades de mim!
Quero ser só eu.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Atracção!...


Olho…
Para a nudez do corpo feminino!
E imagino-me!...
Numa estrada cheia de curvas,
Sinuosas e até perigosas,
Percorro-a lentamente…
Enquanto aprecio a paisagem.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vento que passa


Vento que passa
Na falsa penumbra
Um olhar
Que espreita
Na noite soturna.


Uma gota de água
Que desliza sozinha
Numa imensidão
De águas profundas.


Solta-se o canto
Abre-se o sol
Liberta-se a luz.
Na ave
Que transporta a luz
O espírito renasce.


Cuidado
A todos aqueles
Que quebram os elos
Com o amor.








segunda-feira, 3 de maio de 2010

Viajar nos sentidos...


O cheiro a maresia
Desse teu orvalho doce.
Faz-me viajar
Nos sentidos…
Para onde as pétalas caem.

Nesse jardim
Em que me perco
Para não mais me encontrar.

domingo, 2 de maio de 2010

A palavra Mãe.


A palavra Mãe
Por si só é já um poema.
É o único
Onde convergem
Todas as palavras de amor.

Dedico este, pequeno grande, poema a todas as mães deste mundo.
Porque elas são o mundo.

Um beijo enorme a todas as mães.

Reencontro.


Sigo em frente
Sem nunca olhar para trás.
Os medos!
Perseguem-me!
Aterrorizam-me…
Deslizo
Por entre caminhos
Como se levitasse.
Alcanço por fim…
O vazio
Do tão esperado momento.
Carrego-me de energia
E perco-me…
Para me encontrar.