Por vezes Sinto-me Só alma E não pessoa. E sigo Por entre gentes Invisível. Deixo Meu pranto Em cada canto. Percorro Meu céu Como quem voa. Esfumo-me Na penumbra Das eras Onde nasce O homem novo.
Voo Nas asas do vento Para além do horizonte. Deixo terra Deixo gente Amores?! Deixo certamente. Nostalgia Terei sempre Neste meu voo De solidão. Embarco Nesta utopia Se o estar longe Me alivia Me traz A felicidade Ou não!
Envolvi-me Em mar revolto Desfiz-me Em branco sal. De lágrimas Maré-cheia De saudades Grãos de areia. Onde o sonho Rasga a lua Na escuridão do espaço Perco-me Num grande abraço De pedras, cinzas e nada. Procuro Sorrisos nas nuvens De negro choro vestidas. Procuro Nas despedidas O calor de um sol morno Que me aqueça O gélido oceano Que povoa minha alma. Procuro no horizonte A calma Para quem sofre em agonia Fecho-me na nostalgia Dos momentos Em que me perdia Em campos verdes de sol. Que em teus olhos reflectia Um arco - iris de amor. Vivo preso nesta dor E fiz da solidão o meu mundo Perdi-me nas brumas do tempo Na terra do sol poente. Espero um dia a madrugada.
Quem sou eu?
Aquele?
O Outro?
Serei o triste?
O risonho?
O pobre?
O rico?
O amado?
O odiado?
O incompreendido?
O desgraçado?
O sem abrigo?
O pedinte?
O rejeitado?
Serei o enviado?
Serei um Deus?!
Afinal, quem sou eu?!
Serei todos?!
Ou nenhum?
" Todos os trabalhos aqui postados são de minha autoria "