Trago em mim O cheiro do mar Onde tu nadas Despida de gente! Esse mar, ousado, Que te acaricia Em ondas de sedução! Esse mar Que te transforma E esculpe, Em gotas de agua pura. Que, em choro, Engravidam de vida, A terra virgem. O sol poente Que te corteja E veste de ouro Teu corpo nu, Graceja!... Fecundando Esse mar de que és feita!
Fui soldado Numa guerra acabada! Andei de jangada Em mar revolto! Mas nunca cheguei A bom porto! Despi-me de preconceitos, Fiquei nu! E andei entre gentes, Invisível! Perdi-me, para sempre, na longa noite De onde já não há retorno. Gritei!... Gritei…bem alto, Num vale de sussurros. E, em silêncio, o eco me respondeu! Este?!... Este, não sou eu!
Atravessarei, um dia, este mar Feito de lágrimas, minhas. Este mar, frio e profundo Nascido de minha alma. Serei, amanhã! Jangada, barco, navio, Vento, brisa, nevoeiro, Pássaro em migração, Rota de avião!... Não quero ser náufrago nesta dor. Um dia, serei marinheiro, Neste meu mar interior!
Embriaguei-me de palavras fúteis, sem nexo e adormeci numa felicidade ilusória. Amanhã, sei que vou acordar numa ressaca de interrogações!... (Bravo)
Quando morre um poeta, Deus põe outro anjo na terra. (Bravo)
Sorte daqueles, que encontram um local tranquilo dentro de si. Um sitio de retiro, de silêncio, de meditação!... Uma pequena ilha num, profundo, oceano de sentimentos. (Bravo)
Quem sou eu?
Aquele?
O Outro?
Serei o triste?
O risonho?
O pobre?
O rico?
O amado?
O odiado?
O incompreendido?
O desgraçado?
O sem abrigo?
O pedinte?
O rejeitado?
Serei o enviado?
Serei um Deus?!
Afinal, quem sou eu?!
Serei todos?!
Ou nenhum?
" Todos os trabalhos aqui postados são de minha autoria "