sexta-feira, 8 de outubro de 2010

E eis chegada a primavera


Penetro
Morosamente
Na terra mãe.
Como se me afunda-se
Em areias movediças.
Lentamente,
Fundo-me com ela.
Deixo de ser gente
Para ser terra.
Sublime prazer
De uma metamorfose
Que exalta os sentidos
De quem morre
Para dar vida.
E eis chegada
A primavera.

Bravo

1 comentário:

  1. Lindíssimo, Bravo!
    Com a sua marca registrada, com o seu selo de qualidade...
    Grande abraço, querido!

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