quinta-feira, 24 de junho de 2010

Condição humana.



Sempre sozinho
Como pássaro
Esquecido em seu ninho.

Sou um pobre
Errante
Sem tréguas
Sem dó
Nem carinho.

A minha vida
É um sofrimento
Um desespero sem fim.
Quando esmolas
Eu peço.
Peço a Deus
Que rogue por mim.

Nesta tão grande solidão
Às vezes eu me pergunto
Se no mundo
Há tanto pão
Porque viverei
Eu como um cão?!

Levando
Minha sacola
Levando
Meu coração
Todo o meu corpo
Se consola
Quando qualquer coisa me dão.

Sujeito
A vários perigos
Que a vida
Às vezes nos traz.
Percorro
O caminho de Deus
Eu sou
Um anjo da paz.

Eu sei
Que no mundo
Existem.
Milhares, milhões
Como eu.
Ò Deus
Dá uma mão
A este mundo
Que é teu.

Dinheiro!
Para comprar armas,
Ódio, solidão, sofrimento.
Porque não?!
Pão, amor e carinho.
E deitar
As espadas ao vento.



"Alguns poemas, aqui postados, foram escritos alguns anos atrás.
É o caso deste que foi escrito quando tinha a bonita idade de 17 anos."

2 comentários:

  1. Precioso valor ético embutido neste poema!
    Se eu o tivesse lido em dias idos, como tenho o privilégio de lê-lo hoje... meu comentário seria semelhante: “ Não vos preocupeis com o dia de amanhã; o amanhã cuidará de si mesmo”

    Te beijo poeta,

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